Parte III: Conclusões e Pensamento Político

Você acha que é normal ter cloro na água e iodo no sal? Você realmente acredita que está evitando doenças até hoje sem existência comprovada como o "Beribéri" e o "Bocio"? Nós como comunistas devemos ser absolutamente contra esse tipo de coisa! Não-científica e sem sentido!

O marxismo pode ser abertamente definido como uma forma de cristianismo ou budismo, o objeto de Deus, sua existência ou não, não é parte essencial do marxismo, o marxismo deixa a questão da existência ou não de Deus aberta, com o homem livremente optando por exercer ou não exercer a função religiosa, mas busca sim a eliminação do misticismo e uma busca racional da existência e relações sociais, o marxismo coloca o capital como um meio de análise das relações, a relação, seja ela dentre marido e esposa, de patrão e funcionário, até padre e devoto, são transformadas numa forma de extensão do o que o capitalismo já faz, a redução do ambiente e existência humana as suas formas reais, resultadas da economia em si, mas não caindo em visões positivistas de "Socialismo Científico" tal como Engels cria. A crítica a religião se expande dentro do marxismo, ela ao mesmo tempo que realiza o projeto hegeliano da formação de um estado "científico" (no sentido hegeliano) ou melhor, o estado da lógica ontológica do Ser como o centro da sociedade, o marxismo cria dentro da sua crítica uma expansão desse formato, ela realiza não através da lógica, religião ou abstração, mas sim através da crítica potente as condições econômicas e suas relações, a posição de Marx, em relação a tudo, pode ser definida em termos burgueses como monista (Althusser critica duramente o uso dessa palavra dentro da literatura marxista) mas em geral, ela cria um formato geral para a existência humana, como uma formulação histórica e completa, o projeto de Marx é parecido com o projeto de Heidegger, mas com um foco maior não na formulação de um sistema não tanto fenomenológico (mesmo ele tendo um espaço nas relações do homem com seu ambiente, mas não chegando tão perto da formulação de uma ciência da existência como Husserl faz) mas sim histórico, com o sujeito histórico e sua relação com as várias formas que existem dentro da sociedade. A crítica a religião, seja ela cristã, pagã, judaica, macumbeira, satanista, fideísta, entre outras, não são parte importante do marxismo, a crítica à política e as diversas formas de política, ignorando o método e focando no o que compõe a sociedade, assim ignorando as formas de religião, abrindo espaço tanto para a formulação de um sistema ateu, tanto como um sistema deísta como Lunacharsky. O marxismo deixa em aberto o fator religioso, e cria no processo uma crítica política.

Através das análises dos textos citados, podemos formular bem que, tirando refrãos e fraseologias, o cristianismo, budismo e marxismo são parentes, todos tentam formular uma existência pós-civilizacional, o cristianismo tentando formular uma sociedade de consumo sobre o fim da civilização, o budismo reconhecendo o fim da civilização e ignorando-a e o marxismo como uma forma de aceitação do fim completo da sociedade.

Por essas e outras formas, Jesus foi sim o primeiro socialista, mesmo a sua igreja estando milhares de quilometros longe do comunismo, o mêssias ironico, encarnando nele toda a polêmica do o que compõe um santo judeu, a destruição do heroi messianico transformado em uma versão "soft" e punido por ser santo, recria muito o maior metodo de Marx, a polêmica, seja ela com anarquistas ou sociais-democratas, Jesus faz o mesmo, sendo com fariseus ou romanos. Jesus, em muitas teorias de maioria islamica sufi, estudou na Índia na sua juventude, como membro da casta dos guerreiros (filho de Davi), olhou para o sistema de castas, após criticar as formas de organização indiana, sê moveu para o Tibete, onde estudou com monges budistas, isso explica muitas das suas posições filosóficas, Jesus na verdade, foi um budista e crítico social antes de tudo, reformista do judaismo, mudando o Deus julgador judeu num formato de Deus bondoso, um Deus inteligente e não burocrático (Jesus demonstra sua santidade de forma interessantissima, com ele usando cenas específicas da escatologia judaica para apoiar sua divindade). Jesus expandiu o estado judaico e as formas do mesmo, expandindo a crítica sobre a religião pagã em si, separando estado de religião e outros desenvolvimentos interessantíssimos durante sua história, Jesus é um dos fundadores de uma espécie primitiva de socialismo, que falha de analisar as coisas pela lógica histórica mas sim cria uma política baseada na coisa e não na relação, como o que o marxismo faz, Jesus foi de muitas formas, indiretamente (ou diretamente) um budista e socialista.

Marxismo deixa para nós, um grande sistema de análise do mundo, e deixa ainda mais dúvidas do que soluções, aí que a palavra "científico" pode tomar um contexto mais progressista e verdadeiro, Marx não dá a nós a resposta, mas deixa ela aberta, a religião é um exemplo disso, o proletariado está preparado para criar uma religião para si como classe? Ou de rejeitá-la como um todo? De se organizar ontologicamente ou fisicamente? Nós estamos realmente preparados para tomar a nossa herança religiosa? De explorar o oculto sobre a ótica marxista? Somente através do Partido indestrutível (PCB) nós realmente podemos debater e entender o problema religioso e o problema da não-religião ao qual o mundo sofre a anos.

Bibliografia:

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