Tu era o meu rei, meu bedel e também o meu juiz, nunca tive a chance de conhecer alguém tal como você, menti para mim mesmo quando disse que queria ter mera relação física por você, a minha atração era muito mais que Byronista, era real, era mais palpável que os frutos da primavera e mais quente que essas noites de verão. Nunca consiguirei, na minha frágil e podre vida, ter alguém no mesmo nível que você, além do mais deixar ela abísmada, surpreesa ou em estado de ecstasy.

Pois você, você era o príncipe que eu quis coroar, que andava de saía e meia de gatinho pelo meu país. Quando eu te vi com todo mundo, feliz, cantando e alegre, sem entonar meu nome, sem nem mesmo em um fio de esperança passar a mísera memória da minha existência, soube que lá você estava feliz. Quando você recusou minhas caricias, o abraço e o afago que eu tanto quis te dar, soube que lá você estava feliz. Independente da escuridão, luz, frio ou calor, sei que lá você está feliz.

Finja que agora eu era o seu brinquedo, o seu pião, o seu quatí, só me dê a mão, agora você não tem mais medo, da sua maldade eu já não tenho receio.